POR METROPOLES
Cada vez mais pessoas estão preocupadas em levar uma vida saudável e em cuidar do próprio bem-estar. Uma das ferramentas para conseguir é aprender a estimular hormônios especiais, conhecidos como “hormônios da felicidade”. Os quatro principais são dopamina, serotonina, ocitocina e endorfina.
Os hormônios da felicidade são neurotransmissores que atuam para regular as emoções e promover as sensações de prazer e tranquilidade. Eles não podem ser suplementados: seus efeitos, quando induzidos por substâncias artificiais, são pouco duradouros e causam picos de euforia seguidos por desânimo prolongado.
No entanto, é possível treinar o corpo para aumentar a produção natural e circulação, basta tomar algumas atitudes simples.
“Você pode aumentar os níveis desses hormônios com mudanças simples no estilo de vida, como ter uma nutrição rica em triptofano, fazer exercícios físicos e meditar”, explica o endocrinologista Bruno Babetto, da clínica Tivolly, em Brasília.
Como produzir os hormônios da felicidade?
Os hormônios do bem-estar, quando são induzidos de maneira natural, geram plenitude e tranquilidade. “Eles retardam o envelhecimento e fortalecem o sistema imunológico, ao mesmo tempo que ajustam as ondas cerebrais para garantir uma mente mais calma”, explica o endocrinologista Bruno Babetto.
Veja 8 dicas para aumentar os níveis dos hormônios da felicidade no corpo:
1. Fazer exercícios físicos
Os exercícios físicos são uma das melhores maneiras de aumentar a liberação de endorfinas no corpo. Essas substâncias funcionam como um analgésico natural e são liberadas após intensas atividades físicas. “Exercícios aeróbicos, como corrida, natação e ciclismo, são especialmente eficazes em ativar a produção deste hormônio”, orienta o endocrinologista.
2. Participar de atividades gratificantes
Viajar e visitar novos lugares, receber uma massagem relaxante, participar de atividades filantrópicas ou trocar presentes com familiares e amigos são exemplos de atividades que aumentam a produção dos hormônios da felicidade.
3. Tomar sol
A exposição do corpo à luz solar durante o início da manhã auxilia na produção de vitamina D. Esta vitamina não só ajuda a manter os ossos e o sistema imunológico em equilíbrio, como também estimula a produção de serotonina.
“Este hormônio é capaz de reduzir os sintomas associados à depressão, inclusive antidepressivos costumam imitá-lo“, aponta Babetto.
4. Comer chocolate
O endocrinologista explica que algumas substâncias do cacau estimulam a produção de serotonina e endorfina, melhorando a comunicação das células do sistema nervoso. “Comer chocolate amargo de maneira moderada é uma boa maneira de estimular os hormônios da felicidade”, conta Babetto.
5. Comer alimentos ricos em triptofano
Segundo Babetto, o maior aliado dos hormônios da felicidade na alimentação é o triptofano. Este aminoácido é a base utilizada pelo corpo para produzir serotonina.
“É um aminoácido essencial que o corpo não consegue produzir sozinho”, explica. O triptofano pode ser obtido especialmente a partir da alimentos proteicos. O especialista recomenda a ingestão de:
- Leite;
- Manteiga;
- Gema de ovo;
- Carne;
- Peixe;
- Amendoim, nozes e amêndoas;
- Tâmaras secas;
- Banana;
- Queijo cottage;
- Leguminosas como feijão e lentilha;
- Cacau;
- Cereais integrais.
6. Brincar com animais de estimação
Você já deve ter percebido que seus níveis de estresse diminuem ao brincar com animais de estimação. Isso ocorre porque nosso relacionamento com gatos, cachorros ou outros animais domésticos envolve tato e demonstração de afeto, que aumentam a produção de serotonina e oxitocina pelo corpo.
7. Tocar uma pessoa querida
Demonstrações de afeto como abraços e beijos, assim como o contato íntimo, produzem serotonina, oxitocina e endorfina.
8. Meditar
A meditação incentiva o equilíbrio emocional e físico e interfere diretamente nos hormônios da felicidade. “Meditar por pelo menos 30 minutos diminui a produção de cortisol, que é produzido em momentos de estresse, substituindo-o por endorfinas, que dão sensação de alívio e plenitude”, explica o endocrinologista.