POR G1
A busca pela felicidade tem sido o grande objetivo da existência humana. No entanto, o interesse parece ter aumentado nos últimos tempos, especialmente nas redes sociais, onde todos querem mostrar que estão bem com a vida. Na realidade, muitos tentam transmitir algo que, frequentemente, não reflete o que estão verdadeiramente sentindo ou vivenciando no mundo real.
O que acontece é que as publicações de fotos representam experiências pontuais, editadas ou não. Porém, isso pode levar muitas pessoas a acreditar em uma verdade absoluta e, consequentemente, questionar o sentido de suas próprias vidas, levando-as a crer que não são felizes.
Mas, afinal, o que é felicidade? O significado é subjetivo, por isso não há um padrão de resposta. O conceito do que é felicidade é individual.
Entretanto, a pressão para sermos felizes figura como uma das principais imposições na sociedade pós-moderna. A conformidade a essa norma nos traz prejuízos, uma vez que, em uma cultura saturada de idealizações, seja do corpo perfeito, do status, ou do sucesso pessoal, afetivo e profissional, a felicidade muitas vezes se transforma em um objetivo difícil de ser alcançado.
O fato é que é ilusório considerar que podemos experimentar felicidade o tempo todo. E mesmo cientes de que atravessamos períodos de tristeza, medo, dor e insegurança, muitas vezes persistimos em seguir a norma social, reservando pouco espaço psíquico para processar as inevitáveis perdas presentes em qualquer vivência. A falta de reflexão, e uma compreensão genuína dessa dinâmica, impacta negativamente na saúde mental, desencadeando quadros de ansiedade e depressão.
Contudo, claro que dá para ser feliz! O segredo está na renúncia, especialmente aos padrões de referências socialmente estabelecidos. Seguir a máxima de Sócrates, “Conheça-te a ti mesmo”, é o ponto de partida.
O ser humano é único e quanto melhor compreendermos nossos limites e valorizarmos nossas qualidades, nos fortalecemos. Esse resgate do eu e do amor próprio abre espaço para apreciarmos os detalhes da vida, indo além da idealização da felicidade, afinal, somos protagonistas de nossa própria vida. Créditos: Joselene L. Alvim- psicóloga